sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Pescoço de galinha

Parece um pouco estanho o título desse texto. Mas eu quero falar de amor. Principalmente de amor de mãe. Antes disso faço uma pergunta simples ao leitor. Se você tiver a oportunidade de escolher um pedaço daquela galinha suculenta de domingo, qual escolheria? Para as pessoas que indaguei a parte do pescoço ficou em último lugar. Minha mãe, uma mulher simples e de pouco estudo, não tem o costume de dizer que ama aos filhos. Talvez por ter sido educada longe das novelas mexicanas. Mas ela demonstrava isso em suas atitudes principalmente em doar-se aos filhos. Lembro que em casa nos finais de semana tinha galinha na panela, e na mesa, ela escolhia o pescoço para o seu prato. Ela sabia que aquele pedaço seria rejeitado ou ficaria para o final. Esse antecipar era a forma demonstrativa de amor. Quantos pais não ofe recem a parte mais suculenta aos filhos e mesmo assim eles querem mais. Faça uma reflexão. Qual pedaço do frango, peru você escolhe? Nos Natais os filhos esperam presentes, e esquecem que durante o ano todo ele já foi presenteado e nem percebeu. Quantas vezes os pais deixaram de comer, comprar ou fazer algo para que os filhos usufruíssem daquilo? Pense nisso quando for pedir um presente no Natal.
Feliz Natal a todos!
Abraços, Milton Buss Leitzke.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O CÉTICO E O LÚCIDO ...
No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…
PENSE NISSO.....